O QUE É “DESISTÊNCIA SILENCIOSA”?
O termo original em inglês, quiet quitting, ganhou popularidade quando o mundo começava a se recuperar da pandemia de COVID-19. Foi nesse contexto que outra “epidemia” surgiu: a da “desistência silenciosa”. As gerações Y e, especialmente, Z passaram a rever suas prioridades e limites profissionais. Esse movimento vem crescendo em empresas de diversas áreas e tipos de negócios.
Os sintomas mais visíveis desse fenômeno são a falta de engajamento com a cultura corporativa, a produtividade mínima e os resultados superficiais. As causas principais são a decepção com os modelos de trabalho atuais e a escolha pela qualidade de vida pessoal. Esse desalinhamento entre expectativas e realidade gera desmotivação e desconexão com os objetivos da empresa.
O QUE IMPULSIONA ESSA ONDA DE QUIET QUITTING?
- Baixa conexão emocional e engajamento com as metas da empresa;
- Falta de propósito e relevância na cultura corporativa, levando os profissionais a limitarem seus esforços e responsabilidades ao mínimo necessário;
- Desejo por mais oportunidades de crescimento rápido e maior remuneração;
- Percepção de uma normalização do excesso de trabalho;
- Visão das lideranças atuais como ineficientes e burocratizadas.
POR QUE AS EMPRESAS PRECISAM ENGAJAR ESSES JOVENS PROFISSIONAIS?
Cerca de 12% da força de trabalho no Brasil se identifica com o quiet quitting, e essa tendência está em crescimento, semelhante ao que ocorre em outros países, como os Estados Unidos, onde esse índice chega a 50%, segundo a Gallup.
O QUE FAZER PARA REENGAJAR ESSE NOVO PERFIL PROFISSIONAL?
- Priorizar responsabilidade social, sustentabilidade e propósito;
- Promover ética e inclusão, com práticas de ESG (Ambiental, Social e Governança);
- Incentivar ambientes menos tóxicos, com mais colaboração e menos disputas internas;
- Construir relações mais sustentáveis, comunicação transparente e oferecer feedbacks constantes.
COMO FAZER TUDO ISSO ACONTECER?
Aplicando o conceito de onboarding contínuo. Esse é um projeto que envolve todos na empresa, conduzido pelos próprios colaboradores sob a supervisão da área de Recursos Humanos e de equipes catalisadoras criadas para manter o onboarding sempre em funcionamento.
O QUE É “ONBOARDING CONTÍNUO” E COMO APLICÁ-LO?
É a integração e adaptação contínua das equipes, recriando constantemente a sensação de “boas-vindas” da integração inicial. Envolve atividades regulares de capacitação, treinamento e ações integrativas.
ALGUNS EXEMPLOS DE AÇÕES DE “ONBOARDING CONTÍNUO”
- Implementação de um programa de Governança Emocional na equipe, com processos de modelagem de mindsets, tornando os colaboradores mais inteligentes emocionalmente;
- Investimento em comunicação verbal e não verbal para aumentar a produtividade e promover relações mais sustentáveis;
- Aplicação da metodologia de “catalisação de engajamento”, com práticas como buddy mentor, ações comunitárias e desenvolvimento de capacitação profissional.
BENEFÍCIOS DO “ONBOARDING CONTÍNUO”
- Aumento de produtividade: Melhoria nos resultados de trabalhos em equipe, facilitada pela comunicação e relacionamento dentro e entre as equipes;
- Redução do turnover: Colaboradores bem integrados e continuamente apoiados tendem a permanecer mais tempo na empresa;
- Maior engajamento: Resultado da melhoria na qualidade e frequência da comunicação interna;
- Desenvolvimento de habilidades: O treinamento contínuo garante que os colaboradores estejam sempre atualizados e preparados para enfrentar desafios e criar novas oportunidades;
- Evolução individual e corporativa: Adaptação mais ágil às mudanças tecnológicas e de mercado.
MEU TESTEMUNHO PARA VOCÊ… O onboarding contínuo transforma empresas, lideranças e equipes, com pequenos investimentos que resultam em grandes mobilizações.