O Futuro da Gestão de Pessoas: People Analytics
1.O que é e para que serve People Analytics
É o uso de dados + tecnologia + comportamento humano para tornar a Gestão de Pessoas mais estratégica e assertiva.
People Analytics (ou análise de pessoas) é o processo de coletar, analisar e interpretar dados sobre colaboradores para apoiar decisões estratégicas de gestão de pessoas.
Em vez de basear escolhas apenas em percepções ou intuição, o RH usa dados concretos para entender comportamentos, engajamento, desempenho e potencial dos colaboradores.
- O People Analytics ajuda as empresas a:
- Reduzir a rotatividade (descobrindo por que as pessoas saem).
- Aumentar o engajamento e a produtividade (identificando fatores de motivação).
- Melhorar processos de recrutamento e seleção (encontrando perfis que mais se encaixam).
- Apoiar o desenvolvimento de lideranças (com base em evidências de desempenho).
- Promover diversidade e inclusão, com dados sobre representatividade.
- Medir o impacto de treinamentos e políticas internas.
2.O que é e para que serve People Analytics
O processo segue 4 etapas principais:
- Coleta de dados: via pesquisas, avaliações, registros de desempenho, feedbacks, etc.
- Análise: uso de ferramentas (como Power BI, Culture Amp, ou Google Sheets) para cruzar informações.
- Interpretação: tradução dos dados em insights práticos — por exemplo, “colaboradores com feedbacks semanais têm 20% mais engajamento”.
- Ação: aplicar políticas baseadas nesses insights (melhorar comunicação, revisar metas, ajustar clima organizacional, etc.).
- Benefícios principais
- Decisões baseadas em evidências e não em achismos.
- Melhoria da experiência do colaborador.
- Aumento do desempenho organizacional.
- Apoio ao desenvolvimento de lideranças data-driven.
- Maior alinhamento entre cultura, propósito e performance.
Exemplo simples
Imagine que uma empresa quer entender por que há alta rotatividade em um setor.
O People Analytics cruza dados de satisfação, tempo de casa, carga de trabalho e reconhecimento — e descobre que os profissionais que recebem feedbacks mensais ficam 35% mais tempo na empresa.
Com isso, a liderança cria um programa de feedback contínuo e reduz as saídas.
- Ferramentas Simples do People Analitics
Existem ferramentas simples e acessíveis, que ajudam empresas a começar sem precisar de uma estrutura pesada de dados. Aqui estão algumas das mais práticas:
- Google Forms + Google Data Studio (Looker Studio)
- Por que é simples?
Permite coletar dados de colaboradores (clima organizacional, feedbacks, engajamento) e transformar em relatórios visuais de forma gratuita. - Aplicação: pesquisas rápidas de satisfação, acompanhamento de engajamento e insights para liderança.
- Microsoft Excel ou Google Sheets
- Por que é simples?
Ferramenta universal, com funções de tabelas dinâmicas, gráficos e análise básica de correlação. - Aplicação: monitorar rotatividade, absenteísmo, horas extras, comparativos de desempenho.
- Culture Amp
- Por que é simples?
Focado em engajamento e clima, já vem com questionários prontos e dashboards intuitivos. - Aplicação: entender o que motiva e desmotiva equipes, medir a experiência do colaborador.
- TinyPulse
- Por que é simples?
Plataforma de pesquisas rápidas e contínuas (pulse surveys) que ajuda a acompanhar humor e engajamento em tempo real. - Aplicação: medir satisfação, coletar feedbacks anônimos e identificar riscos de turnover.
🔹 5. Power BI (Microsoft)
- Por que é simples?
Permite integrar planilhas e sistemas da empresa para criar dashboards de People Analytics sem necessidade de programação avançada. - Aplicação: análise visual de dados de RH (recrutamento, retenção, diversidade, produtividade).
🔹 6. SurveyMonkey
- Por que é simples?
Ferramenta de pesquisa amigável e acessível. - Aplicação: aplicar questionários de clima, engajamento e satisfação dos colaboradores, com relatórios prontos.
Dica:
Se a empresa está começando, Google Forms + Excel/Sheets + Data Studio já resolvem muito. Se quiser evoluir, ferramentas especializadas como Culture Amp e TinyPulse são fáceis e focadas em engajamento. Para empresas que querem dashboards mais robustos, Power BI é a transição natural.