Por que motivar as pessoas não funciona…  e o que funciona!

Por que motivar as pessoas não funciona…  e o que funciona!

O Que Realmente Motiva: Lições de Susan Fowler (E Algumas Reflexões Adicionais)

Este artigo é inspirado no livro de Susan Fowler — uma leitura essencial para quem deseja compreender o que realmente engaja equipes e como líderes podem cultivar uma motivação duradoura. Além dos aprendizados centrais do livro, compartilho aqui reflexões com base na minha vivência de mais de 30 anos acelerando resultados profissionais em organizações de todos os portes.

Spoiler: motivação não se dá, se desperta.


Quando “motivar” vira um tiro no pé

Por muito tempo, empresas tentaram motivar colaboradores com prêmios, bônus, desafios e discursos inspiradores. E o que vimos?

Uma motivação extrínseca, pasteurizada, limitada, insustentável — e muitas vezes contraproducente.

Vi isso de perto. Muitos profissionais perdiam criatividade, resiliência e propósito quando submetidos a esse tipo de incentivo.


O propósito acima de tudo

O que realmente motiva de forma profunda e duradoura é o propósito. Quando conectamos o que fazemos com os nossos valores, a motivação vem de dentro.

“Você prefere apertar parafusos o dia inteiro… ou saber que está construindo um avião que vai levar vidas com segurança?”

O trabalho é o mesmo. O que muda é o sentido.

Quando o foco está apenas em recompensas ou punições (“se bater a meta, ganha bônus”), o colaborador se desconecta do propósito real — e a motivação se torna frágil.


O que é a “Motivação Ótima”?

Susan Fowler propõe um modelo baseado em três necessidades psicológicas universais. Quando satisfeitas, elas geram o que ela chama de Motivação Ótima:

  • Autonomia: sentir que tem escolha e protagonismo.
  • Relacionamento: sentir-se conectado, pertencente e valorizado.
  • Competência: sentir que está crescendo e que seu trabalho tem um propósito maior.

Essas necessidades são como combustível interno — personalizável, sustentável e potente.


O Espectro da Motivação, segundo Fowler

No livro, a autora apresenta seis níveis de motivação:

  1. Desmotivação – “Nada vale a pena.”
  2. Motivação externa – Recompensas ou punições.
  3. Motivação imposta – Pressão interna (culpa, medo, obrigação).
  4. Motivação alinhada – Conexão com valores pessoais.
  5. Motivação integrada – Alinhamento com um propósito maior.
  6. Motivação intrínseca – Realização por prazer ou interesse genuíno.

Quanto mais se avança nesse espectro, mais autêntica e sustentável se torna a motivação — e melhores os resultados.


Na prática: o que líderes podem mudar já

  • Em vez de: “Se entregar hoje, ganha ponto.”
    Diga: “Vamos falar sobre por que essa entrega é importante e como conecta com o que você acredita.”
  • Em vez de controlar tudo…
    Dê espaço para escolha: “Qual a melhor forma de você organizar isso?”
  • Em vez de elogiar só o resultado…
    Reconheça o esforço: “O que você superou para conseguir isso foi incrível.”
  • Em vez de tratar todo mundo igual…
    Personalize: Descubra o que motiva cada pessoa de forma única.

Resultados de longo prazo: mais do que produtividade

Quando líderes aprendem a cultivar a Motivação Ótima, os efeitos vão muito além da performance:

  • Menos turnover
  • Mais criatividade
  • Mais colaboração
  • Equipes emocionalmente mais saudáveis
  • Um ambiente mais leve, produtivo e humano

Você forma profissionais mais autônomos, comprometidos e com senso de dono — o que toda organização precisa no cenário atual.


Resumindo…

Pare de tentar motivar. Comece a criar condições para que a motivação surja naturalmente.

O caminho está em cultivar autonomia, conexão e propósito. Quando o trabalho faz sentido para quem o executa, o melhor de cada um emerge — espontaneamente.


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